Como se te perdesse, assim te quero.
Como se não te visse (favas douradas
Sob um amarelo) assim te apreendo brusco
Inamovível, e te respiro inteiro
Um arco-íris de ar em águas profundas.
Como se tudo o mais me permitisses,
A mim me fotografo nuns portões de ferro
Ocres, altos, e eu mesma diluída e mínima
No dissoluto de toda despedida.
Como se te perdesse nos trens, nas estações
Ou contornando um círculo de águas
Removente ave, assim te somo a mim:
De redes e de anseios inundada.
Hilda Hilst (21 de abril de 1930 - 4 de fevereiro de
2004)
Terra de Santa Cruz ao batizarem-te deram-te o nome pois a tua profissão é abrir-te em camas
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024
Hilda Hilst
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