segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Travessias Travessuras

                Travessias Travessuras

 Queridos e queridas, bom dia - a página de Registro de Atividades no face está sempre desde ontem dando "erro técnico" segundo o sistema, e não abre, portanto se você me marcou em alguma atividade e ainda não teve o meu retorno o motivo é este. Abraços e beijos e uma linda semana pra todos.

 Ontem depois de algum tempo, voltei a praia do Pecado, em Iriri, onde em 2005 conheci Gigi Mocidade, uma rival, hoje grande amiga. 2005 foi para mim um ano mágico, em Guarapari conheci Federico Baudelaire, em Cabo Frio reencontrei Jiddu Saldanha e pelo face passei a ter contatos com Ziul Serip e Herbert Emanoel, poetas e artistas de  criatividade sem limites.

 Essa fase me marcou tanto, que acabei voltando para Iriri e estabelecendo morado por aqui, o quibe de peixe, que você só encontra por aqui, me pegou pelo pé. Se algum dia você passar por aqui, não deixe de experimentar, além de dar um mergulho nas águas mais azuis nesse atlântico no espírito santo.


Punhal

 Gosto dos poetas que no papel quando escrevem seus poemas se jogam para o outro, sem tédio, sem medo, sem receio. Como se cada poema fosse um punhal lambuzado de mel e sal penetrando nossos seios.

 Tenho uma lista de 22 poetas que leio incansavelmente por estas questões aqui colocadas.

 

Rúbia Querubim

https://www.facebook.com/rubiaquerubim


assentar um poema

como quem escolhe

cimento ou terra

gastando a tarde

ou ganhando o dia

 

arquitetura simples

um pequeno altar

sincretista

filtro dos sonhos

plantas na varanda

livros na estante

xícaras no pendurador

cortinas xadrez

 

das geometrias

ainda preferir

as intenções

 

sem o susto de pérolas

a serem desvendadas

sem excessos

com tudo à mão

 

frutas na fruteira

café passado

banho morno

 

um quadro não combina

com o lustre

no chão

cimento queimado

vermelho

as janelas amplas

 

quando venta forte

o frio entra

o sol da tarde

abafa o mundo

 

um poema é também descanso

abrigo rede velha

casa de comadre

fala simples

 

goteira pé descalço um cogumelo

crescendo na viga de madeira

 

Clara Baccarim

 

  Quando te amei neste poema

tinha dois cavalos copulando

na cocheira da fazenda

não me interessei pelo que pensavam

se é que cavalo pensa

e para nós não fazia a mínima diferença

em minha língua jorrava água ardente

e na tua jatos do meu leite quente

 

Artur Gomes Fulinaíma

Fulinaíma Afro Tupiniquim

www.arturfulinaima.blogspot.com


Esfinge

curta com poema de Artur Gomes

do livro Juras Secretas – Editora Penalux – 2018

filmado no verão de 2017 em Itaipu-RJ

clic no link para ver o vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=3r-kOIO5j2o

 lembrando de uma pescaria que fizemos com Alice em julho de 2020, caminhamos uns 2 kilômetros até uma pequena lagoa que existe aqui próximo, para pescarmos umas piabas,  tão grande que Lili ficava com medo de tirá-las do anzol.

 Ademir Assunção

BALANÇO 2021

MOJUBÁ

Claudio Daniel

Editora Kotter

 clic no link para ver o vídeo

https://www.facebook.com/ademir.assuncao/videos/255469083175436

Jogo de Búzios 

ogum não permitiu que iansã

doasse o coração para xangô

e deu-se num trovão pela manhã

o seu amor oxossi em cada um

exu de sangue e ferro

então mandou cortar meu coração

em mais pedaços

assim se fez sem nenhum berro

por isso tens-me aqui entre os seus braços

oxalá então cantou vendo a magia

fez a terra estremecer de africania

américa quem sabe porque canto de alegria

quando choram nos meus olhos

todos mares da Bahia

fazendo um doce mar ficar oxum

um velho doce mar ficar oxum

 


ArturGomes/PauloCiranda

www.fulinaimagens.blogspot.com

 clic no link para ver o vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=3Q0dvldXhew



Nação Goytacá

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