Meta/fórica
ouço a música
nesse disco estrangeiro
e a musa tem o nome: Guanabara
no silêncio ela ri da nossa cara
a flor do mangue agora mora
onde seu leito jorra lama
por sua boca desdentada
peixe podre explode Angra
em meu poema CarNAvalha
naturalismo onde supunha
sal da terra no esgoto
eco sistema não interessa
ao senhor do Mato Grosso
agro-negócio é matadouro
soja pasto para os bois
o simbolismo da escrita é só
metáfora
a concretude o modernismo vem
depois
Artur Gomes
O Poeta Enquanto Coisa
Editora Penalux – 2020
Leia mais no blog https://ciadesafiodeteatro.blogspot.com/
Deus não joga dados
Mas
a gente lança
tenta
–
em
arte tudo se inventa
Eu
tenho flores
com
a língua atravessada em cada canto da boca
Artur
Gomes
O
Homem Com A Flor Na Boca
Editora
Penalux – 2023
Lançamento
dia 29 novembro – Sarau Gente de Palavra – São Paulo-SP
Leia
mais no blog https://fulinaimatupiniquim.blogspot.com/
quieta aqui nessa solidão capixaba quantas vezes me vem em
sonhos ou alucinações contemporâneas tudo o que não fui eu não era a bruna
beber muito menos débora seco mas ele gostava até queria que fosse assim como
biúte me chamava de vários nomes ao mesmo tempo aquela profusão de palavras
como inseto em volta da lâmpada e os cálices nos lençóes de algodão as vezes
linho para atiçar nossa luxúria com a contribuição da enel que nos deixava
quase sempre no escuro na guarapari do espírito santo uma noite ele passou o tempo
todo lendo pagu no meu ouvido e macabea não se conforma por ter sido deixada de
lado nas artes cínicas do presídio federal de brazilírica trafega com seus
fantasmas pelos corredores falando para o vento que entra pelos buracos das fechaduras
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