Ó Pátria
A(r)mada Salve Salve !
A PF perdeu um ótimo momento para testar a excludência de
ilicitude tão querida pelo ex-ex-ex atual pano de chão federal Sérgio
"Morto". Afinal o sujeito - talvez melian te/vagabundo/marginal fosse
um substantivo mais adequado, a julgar por outras centenas de narrativas
similares que ouvimos toda hora por aí, nas páginas policiais - nítidamente resistiu à prisão, reagiu, mandou
bala na polícia e todo o quadro onde usualmente a galera,
"infelizmente", é obrigada a levar o oponente óbito. Só que o troll
horroroso não era preto, pobre ou morador em comunidade e, no fim, foi
simplesmente conduzido à detenção. Com o atenuante de uma rendição intermediada
por um "padre de festa junina". (Aliás, que bacana, só mesmo uma
autoridade eclesiástica de muito gabarito poderia ser parceira um cara "de
bem" que age com tanto respeito à ordem e aos "valores" cristãos
) Inclusive, em seu surto despirocado o ogro letal vociferou várias invocações a Cristo,
família, essas paradas de sempre. Sinceramente? Quem cultua esse Cristo aí não
precisa de Cramulhão. E quem defende esse conceito de família deve achar o Boko
Haram da Nigéria um exemplo de comunidade dos mais elevados valores. Pois é...
se você ainda acredita que esse é o grande Brasil moderno, humano, progressista
e liberal que vamos "construir" a partir de primeiro de novembro faz
o seguinte: fica aqui nele que eu faço questão de ir pros quintos dos infernos,
pra dar uma relaxada. Mas olha, fica aqui, hein, não me segue. Desfruta aí a
pátria a(r)mada idolatrada que eu me salvo salvo por lá. Pela quantidade de
demônio solto aqui em cima, a área lá embaixo deve andar bem sossegada.
Juca
Filho
Tomaram por herói
um torturador declarado,
um sonegador descarado
e um miliciano condenado;
tudo com o aval do capitão defenestrado.
Exumaram no Brasil
os adeptos da Terra chata,
dizendo que vacina mata,
e que floresta é ouro e prata;
tudo com o aval do canalha aristocrata.
Desacreditaram as lutas
dos povos oprimidos,
dos nativos inauditos
e querem seus direitos suprimidos;
tudo com o aval de um povo convencido.
Hoje chamam-no de mito,
tudo pra ele é ataque,
mas que mito de araque!
Tudo pra ele é grito,
violência e arma;
que o ano que vem,
enfim, nos livre desse carma!
André
Gandra
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