quarta-feira, 2 de julho de 2025

Artur Gomes : A Biografia De Um Poeta Absurdo

Artur Gomes

A bio.grafia de um poeta Absurdo

:

com os dentes cravados na memória

*

cacomanga 


ali nasci 

minha infância era só canaviais

ali mesmo aprendi

a conhecer os donos de fazenda

e odiar os generais 


poema do livro Suor & Cio

MVPB Edições - 1985

* 

Nasci numa madrugada do dia 27 de agosto de 1948 na Fazenda Santa Maria de Cacomanga, nas proximidades da Tapera, à época mapeada como 1º Sub-distrito de Campos dos Goytacazes.

Meus pais: Arthur Ribeiro de Abreu, era o administrador da Fazenda, e a minha mãe: Cinira Gomes, semi/analfabeta cabia a missão de cuidar da casa e da educação dos filhos. Meu pai era bem humorado e divertido, responsável pela organização das grandes festas/juninas que aconteciam na Fazenda.  Já minha mãe era rígida e severa no trato com os filhos.

Tenho cinco irmãos, filhos de pai e mãe: Ana Maria Gomes, Regina Lucia Gomes, Vicente Rafael Gomes e Ricardo Gomes. Tive dois outros irmãos filhos  do meu pai: Francisco Antônio Abreu, com quem convivi até o seu falecimento, e Rubens, que não chegamos a conhecer, pois faleceu com 8 anos de idade, vítima de tétano.

Não cheguei a conhecer meus avós paternos. Mas os maternos sim:  minha avó era chamada de Dona Moça, e nós a chamávamos de Mãe Dindinha, e meu avô chamava Leandro Gomes, morava próximo a nossa casa, trabalhava na capina e era fã de uma boa cachacinha.

Tivemos  uma convivência próxima, com vários primos, que moravam na mesma Fazenda Santa Maria de Cacomanga, filhos da nossa tia Julita, irmã da minha mãe e os sobrinhos filhos do nosso irmão Francisco.

Até os meus 7 anos minha vida era brincar no quintal de casa, com bola de gude, futebol com bola de meia, futebol de grama, soltar pipa, pique/bandeira e pique esconde e amarelinha e como cia tínhamos sempre os primos e sobrinhos e alguns colegas e amigos de infância moradores próximos da nossa casa, que fomos aglutinando durante todo o tempo que permaneci morando na Cacomanga.

Além das atividades brincantes, tínhamos também a ocupação de varrer o quintal, cuidar dos cães, dos porcos(que o meu pai criava para consumo da família), cuidar da pequena hora e do  jardim e a partir da minha criação de preá da índia.

Outras atividades costumeira que tínhamos na infância/adolescência era caçadas, principalmente de preá do mato,  e passarinhos, (rolinhas, quero quero, marreca), além das pescarias de piaba nos rios da Olinda e Ururaí.

Próximo a Cacomanga , além da Tapera, tínhamos também uma  convivência com outras localidade como Olinda, Morro Grande,  Lagoa de Cima, Espinho, Boca do Mato, Ururaí, Lagamar e Ibitioca.

Sempre tive e tenho uma atração pela aterra e  pelo fogo,  depois descobri que essa atração é exercida  também pelo mar desde que o vi pela primeira vez em Atafona, lá pelos idos de 1953.

Em 1955 aos 7 anos de botei fogo no paiol de milho do meu pai. O paiol era uma construção de madeira, o milho seco ali era guardado para alimentar os porcos. O prédio tinha dois andares, e no térreo era guardada a palha seca, que era transformada em adubo orgânico. Esta em cia do meu amigo Ziel, filho de dona Isabel que trabalhava como copeira na casa de Olivier Cruz, o proprietário da Cacomanga. Quando o fogo levantou e começou a atingir o segundo andar, apavorado saltei para o abismo secular da poesia.

Neste mesmo ano de 1955 comecei meus primeiros estudos escolares na Escola Reunida da Tapera, hoje Colégio Estadual Joaquim Atayde, na épocadenominada: Escola Reunida da Tapera.

 Ali estudei até 1957 as 3 séries primárias. Lembro-me que havia apenas uma sala, onde se reunia todos os alunos de cada turno, e a nossa professora se chamava Mercedes. Ali tivemos aulas de Matemática, Português, Ciência e Geografia. 


sexta-feira, 9 de maio de 2025

terra de santa cruz

terra de santa cruz

I

ao batizarem-te

deram-te o nome:

posto que a tua profissão

é abrir-te em camas

dar-te em ferro

ouro

prata

rios

peixes

minas

mata

deixar que os abutres

devorem-te na carne

o derradeiro verme

 

Artur Gomes

poema dos livros Couro Cru & Carne Viva - 1987

e Pátria A(r)mada - 2022

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CarNAvalha Gumes

 

Escrito nos anos de 1990 este poema hoje no Brasil  é atualíssimo visto esse atual congresso da desordem democrática que o país em hoje. O que será que fizemos nos verões passados para chegarmos a essa situação?

 

neste país de fogo & palavra

se falta lenha na fornalha

uma mordaz língua não falha

cospe grosso na panela

           da imperial tropicanalha

 

não me metam nesses planos

verdes/amarelos

meus dentes vãos  a(r)mados

nem foices nem martelos

meus dentes encarnados

alvos brancos belos

          já estão desenganados

             desta sopa de farelos

 

Artur Gomes

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Balbúrdia PoÉtica 10

Dia 12 de julho

Das 14 às 19h

Casa da Palavra – Santo André-SP

Blog atualizado com poemas de Julio Mendonça e Simone Bacelar

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Jura secreta 34

por que te amo
e amor não tem pele
nome ou sobrenome

não adianta chamar
que ele não vem quando se quer
porque tem seus próprios códigos
e segredos

mas não tenha medo
pode sangrar pode doer
e ferir fundo
mas é razão de estar no mundo

nem que seja por segundo
por um beijo mesmo breve
por que te amo
no sol no sal no mar na neve

Artur Gomes
poema do livro Juras Secretas
Litteralux – 2018

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Lidiane Carvalho Barreto na Balbúrdia PoÉtica 9 falando o poema Itabapoana Pedra Pássaro Poema de Artur Gomes
12ª Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes-RJ

tabapoana Pedra Pássaro Poema

uma metáfora
não é apenas uma metáfora
quando a pedra é pássaro

em gargaú
às 5 horas da tarde
as garças voam
em direção
ao outro lado da pedra
em guaxindiba
tenho em mim
que pássaros voam
peixes nadam
quando procuram
outro pouso

bracutaia eterna lenda
estranho pássaro
da pedra ouviu o grito
que voou de gargaú pro infinito

Artur Gomes
poema do livro Itabapoana Pedra Pássaro Poema

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choveu pedra em São Francisco do Itabapoana se de gelo ou granizo inda nem sei só depois da apuração da comissão de inquérito instaurada por alguns moradores da localidade  do Macuco saberei.

 

                       Federico Baudelaire

 

cada qual com sua Natureza , pode ser garoa ou correnteza , é o tempo comandando a sua Fortaleza

 

                                       Zhô Bertholini

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 O poeta enquanto coisa


o meu lugar não é aqui
o meu lugar não é ali
o meu lugar é lá

onde garrincha entorta
os laterais esquerdos
dibla até o goleiro
e debaixo da trave
não faz o gol

um desacerto

volta ao meio do campo
para re-começar o desconcerto

Artur Gomes
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*


um brinde a balbúrdia

 

nesta cidade de palha

minha balbúrdia poética

não falha

corta palavra morta

na nervura dessa pedra

na carnadura desse osso

corte grosso de navalha

pra descascar esse caroço

 

Artur Gomes

Balbúrdia PoÉtica

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Balbúrdia PoÉtica 7

Balburdiar : Eis O Verbo

Dia 23 – maio – 19:30h

Santa Paciência – Casa Criativa

Rua Barão de Miracema, 81 – Campos dos Goytacazes-RJ 

Performance Teatro.Poesia

com Artur  Gomes + Estefany Nogueira + Jonas Menezes + Paulo Victor Santanna 

Lançamento do livro

Itabapoana Pedra Pássaro Poema 

Roda de Conversa

com Artur Gomes + Tetê Peixoto + Fernando Rossi 

Poesia Ali Na Mesa 

com a poesia de

Adão Ventura + Ademir Assunção + Angel Cabeça + Armando Liguori Junior + Aroldo Pereira + Artur Gomes + Belchior + Caetano Veloso + Celso de Alencar + César Augusto de Carvalho + Clara Baccarin + Dalila Teles Veras + EuGênio Mallarmè + Federika Lispector + Federico Baudelaire + Ferreira Gullar + Gigi Mocidade + Irina Sefarina + Jorge Ventura + José Facury Heluy  + Jidduks + Jurema Barreto + Karlos Chapul + Lau Siqueira + Lira Auxiliadora Lima de Castro + Luis Turiba + Mário Faustino + Mário Quintana + Martinho Santafé + Marcelo Atahulpa + Mônica Braga + Nicolas Behr + Noélia Ribeiro + Oswald de Andrade + Paulo Leminski + Pastor de Andrade + Ricardo Vieira Lima + Rosana Chrispim + Rúbia Querubim + Sady Bianhcin + Sebastião Nunes + Sérgio de Castro Pinto + Simone Bacelar + Silvana Guimarães + Tanussi Cardoso +Torquato Neto +  Wélcio de Toledo + Yara Fers + Zhô Bertholini + Vivane Mosé

* 

Fulinaíma MultiProjetos

22 99815-1268 - whatsapp

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Balbúrdia PoÉtica 7
Poesia Ali Na Mesa
Balburdiar : Eis O Verbo
Dia 23 – maio - 19:30
Santa Paciência Casa Criativa
Rua Barão de Miracema, 81
Campos dos Goytacazes-RJ

balburdiar eis o verbo
ver pra crer
:
difícil de falar
ótimo de fazer

amor
balbúrdia gozosa
jorrando poesia
enquanto goza

*

fazer balbúrdia
jogo de cartas
sem baralho
:
dá prazer
mas dá trabalho

Artur Gomes
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Itabapoana Pedra Pássaro Poema

Link para compra

https://www.editoralitteralux.com.br/loja/itabapoana


Balbúrdia PoÉtica 7

Poesia Ali Na Mesa

23 de maio - 19:30h

na Santa Paciência - Casa Criativa

Rua Barão de Miracema, 81

Campos dos Goytacazes-RJ

choveu pedra em São Francisco do Itabapoana se de gelo ou granizo inda nem sei só depois da apuração da comissão de inquérito instaurada por alguns moradores da localidade  do Macuco saberei.

                       Federico Baudelaire

*

cada qual com sua Natureza , pode ser garoa ou correnteza , é o tempo comandando a sua Fortaleza

                                       Zhô Bertholini  

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 Balbúrdia PoÉtica

Poesia Ali Na Mesa

Edição Especial

À Memória de Renato Aquino

Performance Teatro.Poesia

Roda de Conversa – lançamento do livro Itabapoana Pedra Pássaro Poema

Dia 13 de maio – 21h

Auditório Reginaldo Rangel

IFF Instituto Federal Fluminense

Campus Centro – Rua Dr. Siqueira, 273 – Campos dos Goytacazes-RJ

 

tempo de poesia

para Renata Magliano

 

lancei o tempo

na agulha de uma fresta

ainda bêbado de ontem

bebo as 35 pausas

de uma mulher em chamas

que ainda não conheço

o tempo me dirá o endereço

como metáfora ou alquimia

e sendo drama ou festa

tempo de poesia

                  é o que nos resta

 

Artur Gomes

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KINO3 https://arturgumesfulinaima.blogspot.com/ 

Realização: Coletivo Macunaíma de Cultura, Kino3, Congresso Brasileiro De Poesia, e Fulinaíma MultiProjetos

22 99815-1268 – whatsapp

domingo, 4 de maio de 2025

Borges - o labirinto das Artes

Poesia Ali Na Mesa

Na Balbúrdia 6

Dia 17 de maio 20h

– Usina4 – Casa das Artes –

Rua Geraldo de Abreu, 4 – Cabo Frio-RJ

 

pedra/marcada

 

tendo estado desa(r)mado

nas quebradas muito reggae

tenho andado muito são

maldição – o diabo que carregue

sexta feira fui a meg

leras cartas do tarô

no jogo de dados deu dez

no jogo de búzios deu doze

nas cartas do tarô foram sete

segunda leitura quatorze

não brinco com coisas secretas

no jogo das cartas sagradas

meg assim decifrou

o mito aqui não é grego

o deus aqui é xangô

afrodite me disse que não

vênus me disse quem sou

zeus me disse quem sabe

destino é carta marcada

na pedra do redentor

um dia você encontra

os olhos do seu amor

no alto do corcovado

ou na pedra do arpoador

 

    EuGênio Mallarmè

 

no livro Itabapoana Pedra Pássaro

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Borges - o labirinto das Artes- abertura da magistral multi exposição com a participação de 200 artistas brasileiros e argentinos nesta quinta-feira 8 de maio às 18h no no Consulado da Argentina, no Rio de Janeiro, nesse sagrado ano de 2025, onde exponho o poema Memorial dos Ossos do livro Juras Secretas de 2018.

memorial dos ossos

 

espora essa palavra amolada

dessas que cortam a carne

no primeiro toque

espora em meu sentido rock

não um mero truque ao pulsar da língua

que a tua pele lambe quando saliva aflora

espora em meu cavalo branco

o simbolismo aceso

todo dia é dia de São Jorge

Jorge Luis Borges num plural latino

escavar a terra em busca da palavra

quando nervo implora

espora temporal dos músculos

memorial dos ossos

nesse tempo bruto tudo quanto posso

 

Artur Gomes

Do livro Juras Secretas

Litteralux – 2018

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Balbúrdia PoÉtica

Edição Especial

uma viagem metafórica

por poéticas contemporâneas

“Poesia É Balbúrdia”

                      Ailton Krenak

Dia 6 de maio – 15:30h

No Colégio Estadual

XV de Novembro – Campos dos Goytacazes-RJ

 

tempo de poesia

para Renata Magliano

 

lancei o tempo

na agulha de uma fresta

ainda bêbado de ontem

bebo as 35 pausas

de uma mulher em chamas

que ainda não conheço

o tempo me dirá o endereço

como metáfora ou alquimia

e sendo drama ou festa

tempo de poesia

                  é o que nos resta

 

Artur Gomes

poema do livro Itabapoana Pedra Pássaro Poema

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ConkrEreção

ainda escorre entre meus dedos
a fome por por vinho e uva
a carne doce da musa
lá do vale dos vinhedos
entre a saliva e a chuva
a virgem fruta entre os dentes

como flecha incandescente
como uma deusa de Bacco
a safada me lambuza
me come bebe e me usa
em seu banquete antropofágico
mastigando poemas meus

mas o amor pode ser trágico
se o seu pai não fosse zeus

Artur Gomes

foto: Tchello d´Barros

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        Coletivo Macunaíma De Cultura

Kino3 e Congresso Brasileiro De Poesia

Apresentam:

Balbúrdia PoÉtica

Edição especial

nesta terça 6 de maio 15:30

no Colégio 15 de Novembro

Campos dos Goytacazes-RJ

uma viagem metafórica por poéticas contemporâneas

Concepção & Direção: Artur Gomes

 

batismo de fogo

quando te encontrar
não sei o que irá
não sou de irará
nem irerê
mas imagino
o que possa acontecer
na confissão

não sou luiza possi
mas amei zizi
cantando
salgado maranhão

quando for imperatriz
será os sete pecados capitais

veja o que fiz

:
lancei os Búzios
e no jogo deu lília diniz

 

poema do livro Itabapoana Pedra

Pássaro Poema

link da Editora Litteralux para compra

https://www.editoralitteralux.com.br/loja/itabapoana 


Itabapoana Pedra Pássaro Poema

Depois de 14 anos morando em São Francisco e namorando Itabapoana nasceu a primeira  cria sobre essa pedra. Primeiro lançamento: Dia 17 de maio 20h na Usina4 Casa das Artes - Rua Geraldo de Abreu, 4 Cabo Frio-RJ - Balbúrdia PoÉtica 6 em comemoração a chegada dos 77 do querido grande amigo José Facury Heluy.

 

uma metáfora

não é apenas uma metáfora

quando a pedra é pássaro

 

meu corpo não trafega

nas tabacarias de lisboa

o poema pode ser

um beijo nessa pedra

antes que me fedra

            o poema voa

 

Artur Gomes

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quarta-feira, 30 de abril de 2025

Balbúrdia PoÉtica 6

                    Coletivo Macunaíma De Cultura

                                 apresenta:

Balbúrdia PoÉtica

Edição Especial

“Poesia é Balbúrdia”

         Ailton Krenack

 

com: Artur Gomes, Dalton Freire, Estefany Nogueira, Jonas Menezes e Paulo Victor Santanna

textos/poemas de: Ademir  Assunção, Artur Gomes, Clarice Lispector, César Augusto de Carvalho,  Marta Medeiros, Paulo Leminki, Torquato Neto e Viviane Mosé

concepção & direção: Artur Gomes  

 

no princípio era fábula depois veio o verbo logo depois a ficção e aí começou a invenção bem depois das sagaranagens antes fulinaimargens depois das fulinaimânicas atrás das fulinaímicas nem circo nem tarde de mímica apenas alguma paisagem na janela da viagem quando lia o lado b         me transmutando em alquimia

 

Artur Gomes

poema do livro

Itabapoana Pedra Pássaro Poema 


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Da Série Poetas pelo Mundo 44

por Dioran Mäch'ado


Samaral


Samaral nasceu em 1948 no Rio Grande do Sul. Veio ao Rio nos anos 70 e quando andou pela cidade foi um agitador cultural, na linhagem de Oswald de Andrade, de Vinícius de Moraes. Na sua geração, fez muitas parcerias com os poetas Paco Cac e Chacal, outros dois grandes agitadores culturais que continuam na ativa – Chacal no Rio e Paco em Brasília
Samaral foi Fundador e editor da Revista "Urbana Poema Fanzine", com mais de 10 anos de existência.

Com as massas tudo
Sem as massas nada
Ou amassa tudo
Ou não amassa nada

As águas do Rio Lempa
(rio situado na Zona Oriental de El Salvador)

(...)

mas escorrem nas ruas
cidades campos montanhas
passos medidos
num instante
rápidos e ágeis
depois

mas escorrem
na noite no dia
como as águas
do Lempa
escavando as margens

mas como reter
entre os dedos
como redes
as águas
que correm no Lempa


               Balbúrida PoÉtica 6

Artur Gomes e José Facury

Dois Perdidos Em Seus Poemas Sujos

Poetas convidados: Jiddu Saldanha e Tanussi Cardoso

Roda de Samba com Clarêncio Rodrigues e  Digo da Conceição

Dia 17 maio – 20h

Usina4 – Casa das Artes

Rua Geraldo de Abreu, 4 – Cabo Frio-RJ

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Artur Gomes : A Biografia De Um Poeta Absurdo

Artur Gomes A bio.grafia de um poeta Absurdo : com os dentes cravados na memória * cacomanga  ali nasci  minha infância era só canavia...